A maioria dos equipamentos de hardware de rede possui indicadores de sinal de luz, que indicam problemas de comunicação ativos e específicos. O número de luzes e função destas variam entre os equipamentos. Em concentradores FDDI de fibra ótica e unidades de MAU, por exemplo, geralemente existem quatro ou cinco luzes. As luzes indicadoras podem identificar se um segmento ou um único nó está sobrecarregado, não está transmitindo, não está recebendo, está em constante estado de colisão, não está on line, ou não está em conformidade com os padrões de rede.
Uma das vantagens dos indicadores de sinal é que eles não requerem ferramentas nem software para diagnosticar falhas comuns nas redes. Atualmente, estão sendo substituídos atuamente por muitos outros dispositivos, mas, são, mesmo assim, ferramentas básicas e proveitosas.
O multímetro é uma ferramenta indispensável, sendo usado para indicar o estado da rede quando estações de trabalho ou analisadores de protocolo não podem ser utilizados. Através de testes de tensão, corrente e resistência, realizados rapidamente, indica quebra ou curto em cabo coaxial, já que quando uma rede possui cabos quebrados ou transceptores quebrados, em curto ou defeituosos, ela tem suas propriedades elétricas alteradas, alterando a resistência dos cabos coaxiais.
Utilizando um multímetro, três testes podem ser realizados em um cabo coaxial antes dele ser instalado: teste do condutor central juntamente com a blindagem do cabo, teste em ambas as extremidades do condutor central e teste da blindagem em ambas as extremidades. Em cada um destes testes, nenhuma resistência deve ser acusada no multímetro, significando que o circuito está aberto.
Após o cabo ter sido instalado, medindo-se a resistência entre condutor central e malha, o multímetro pode acusar resistências de 0 W (cabo em curto), 25 W (rede funcionando corretamente), 50 W (cabo interrompido ou sem uma das terminações) e resistância infinita (sem terminações nas pontas).
O múltimetro é uma ferramenta segura, que não introduz novos problemas na rede. É uma ferramenta simples para diagnosticar um problema, apesar de não o localizar. Tem como desvantagem o fato de que para se realizar o teste em uma rede, um terminador deve ser removido ou uma rede rompida.
O uso de pesquisa binária para localização dos problemas
Quando um problema é identificado por um multímetro, pode ser localizado de forma lógica e com economia de tempo significativa utilizando um método denominado pesquisa binária. Este método deve ser usado quando um analisador de protocolo ou um TDR (Time Domain Reflectometer) não estiverem disponíveis, de modo a ser possível identificar os componentes de rede com problemas e localizar cabos rompidos ou em curto, respectivamente.
O método consiste na segmentação da rede em duas partes, que são testadas separadamente. A rede que indicar problema é segmentada novamente, e as partes testadas, repetindo-se a segmentação da subrede com problema até que este seja localizado. Os segmentos operando corretamente devem ser reconectados após o teste.
Utilizando-se este método, é possível resolver de forma bastante eficiente problemas como cabo coaxial rasgado ou amassado, curto entre o núcleo e a blindagem de um cabo, reflexão de sinais em descontinuidades no cabo, sobrecarga na rede devido a um ou vários nós, derivações mal instaladas e nodos com cabos mal instalados.
O reflectômetro de tempo é um dispositivo utilizado para localizar rapidamente falhas nos cabos. Uma variedade de problemas, como curtos, cabos abertos, cabos com defeitos, dobras e frisos, podem ser detectados por um reflectômetro (TDR). O TDR opera de forma semelhante a um radar. Um pulso elétrico de amplitude e duração conhecida é transmitido de uma extremidade do cabo. Se houver qualquer mudança na impedância característica do cabo, haverá reflexões do pulso transmitido. De modo análogo, se não existir nenhuma falha de cabo, nenhum pulso de reflexão irá ocorrer [nunes].
O TDR pode ser utilizado com um osciloscópio, que mostrará graficamente as propriedades elétricas de um cabo coaxil sobre todo o seu comprimento.
O TDR possui as mesmas funcionalidades oferecidas pelo multímetro para redes elétricas, possuindo ainda características adicionais. Uma delas é a possibilidade de realizar um teste com TDR sem romper uma rede, diferente do multímetro, onde é necessário remover o terminador ou desconectar um segmento. Isso é possível pois o TDR age como um terminador de rede, e pode ficar conectado a ela por todo o tempo. Outra vantagem oferecida pelo TDR é a sua capacidade de mostrar a localização precisa do problema existente, diferente do multímetro.
Quando uma rede falha completamente, o TDR é uma das poucas ferramentas que conseguem operar, o que não acontece com as ferramentas de software, que dependem do funcionamento da rede. Sendo assim, é de muita importância.
Existe ainda um outro tipo de TDR, o optical time domain reflectometer (OTDR), empregado na análise de redes de fibra ótica, que envia, ao invés de sinais elétricos, raios laser. O OTDR detecta quebras em cabos de fibras óticas, dobras, vazamento de luz, descoloração e degradação da fibra, além de indicar a velocidade do cabo e o comprimento de onda de todos os transmissores ligados na rede.
O testador de transceptor exerce todas as funções de um transceptor e é usado para testar a instalação de transceptores de cabo coaxial.
Esta ferramenta verifica se o transceptor está causando curtos na rede, se está corretamente conectado ao núcleo de cobre do cabo coaxial e se o cabo está corretamente ligado no conector de cabo de transceptor. Realiza também o chamado teste de verificação de loop-back ou self-test, que verifica a funcionalidade de todos os componentes da rede, inclusive o cabo. Este teste é necessário pela propriedade que o cabo coaxial possui de agir como uma antena, em virtude do seu comprimento.
O método de pesquisa binária para localizar um problema em um a rede também pode ser utilizado com o testador de transceptor.