2.2.1. ROTEAMENTO PELO VETOR DA DISTÂNCIA

Os protocolos de roteamento são divididos em dois tipos diferentes. Os protocolos mais antigos, chamados de protocolos de "roteamento pelo vetor da distância", enviam os pacotes na direção genérica de seu destino. Os protocolos mais novos, chamados de protocolos de "estado do link", mantém uma tabela completa contendo os caminhos (vias) de cada roteador, e são capazes de fornecer instruções específicas de roteamento. Algumas empresas se referem a esses protocolos como de "primeira geração" e "segunda geração", respectivamente.

O roteamento pelo vetor da distância usa um algoritmo denominado Bellman-Ford que divide o link entre as redes em áreas lógicas. Quando um roteador recebe um quadro, ele lê o endereço contido no pacote dentro do quadro e envia o pacote em direção a área lógica do destino baseando-se no menor número de pontos intermediários, ou hops.

Um dos primeiros protocolos de roteamento, ainda encontrados em muitos sistemas de interligação de redes, usa a lógica do vetor de distância e se chama Routing Information Protocol (RIP). O RIP, desenvolvido no início da década de 1980, foi definido originalmente como parte dos protocolos Xerox Network Services (XNS); ele também está definido como parte do conjunto de protocolos TCP/IP, identificado como RFC 1058. Também encontramos pacotes transportando informações subordinadas a esse padrão como parte dos protocolos IPX da Novell.

O RIP, como todos os sistemas de roteamento pelo vetor da distância, usa algoritmos de vetor da distância que informam o caminho mais curto entre dois pontos de uma rede em termos do número de pontos intermediários, ou hops, entre esses pontos. Quanto menor o número de pontos intermediários, mais eficiente o caminho. Embora esse esquema funcione com redes menores, o RIP se torna menos prático em sistemas complexos de redes interligadas. O RIP não permite que o número de pontos intermediários seja maior do que 16; portanto, os roteadores não poderão transferir pacotes para outros segmentos da rede que fiquem a mais de 16 roteadores de distância.

O RIP não é adaptativo e, embora seja distribuído, os roteadores que o utilizam transferem as tabelas de endereços inteiras entre si a cada 30 segundos, gerando um overhead intenso. Essas atualizações frequentes podem, por si so, causar problemas na rede, pois se um ou mais roteadores não captarem a mensagem de atualização, suas tabelas de roteamento poderão se tornar diferentes, prejudicando a eficiência do sistema. A perda de eficiência resulta em mais atualizações perdidas, o que, por sua vez, agrava ainda mais o problema. A capacidade de retomar o tráfego normal da rede rapidamente, mesmo depois de uma perturbação grave no funcionamento dos circuitos da rede, é conhecida como "convergência". O RIP e considerado um protocolo de pouca convergência.

Em razão de todos esses fatores, o RIP está sendo descontinuado, porém ainda se manterá durante alguns anos nas redes menores onde suas ineficiências não se manifestam.