Quando Marshall McLuhan, um dos grandes teóricos da comunicação de massa nos anos 70, formulou o conceito de "aldeia global", provavelmente, não tinha a menor noção do alcance futuro desse conceito e de sua abrangência. Duas décadas depois, o mundo tem sua aldeia global eletrônica onde é possível interagir e conversar com pessoas localizadas fisicamente em outros continentes, ou buscar e recuperar informações situadas em locais geograficamente opostos. Esse é o resultado da explosão da Internet, que vem transformando o mundo em uma grande comunidade interligada através de seus computadores.
As redes eletrônicas de comunicação proporcionam a seus usuários comunicação a baixo custo e acesso a fontes inesgotáveis de informação. Elas interconectam os mais diferentes tipos de usuários e têm contribuído para ampliar e democratizar o acesso à informação, eliminando barrreiras como distância, fuso horário, hierarquia, etc.
Este guia inclui informações básicas sobre a Internet, uma rede que interliga mais de 100 países, distribuídos por todos os continentes. Além disso, é apresentada uma referência bibliográfica básica para os interessados em se aprofundar no assunto.
A proposta deste guia é ser o mais genérico possível; portanto, interessante para qualquer usuário iniciante no assunto. Críticas e sugestões sobre este guia são muito bem vindas e devem ser enviadas, através do correio eletrônico, para o endereço brandao@vortex.ufrgs.br
A Internet é um conjunto de milhares de redes eletrônicas interconectadas, criando um meio global de comunicação. Essas redes variam de tamanho e de natureza, bem como diferem as instituições mantenedoras e a tecnologia utilizada. O que as une é a linguagem que usam para comunicar-se (o protocolo de comunicação TCP/IP) e o conjunto de ferramentas utilizadas para obter informações (Correio Eletrônico, FTP, Gopher, Telnet, WAIS, WWW, etc.). As informações podem ser encontradas nos mais diversos formatos (textos, imagens, sons, animações) e estão disponíveis em um amplo e variado tipo de equipamentos e sistemas operacionais.
A Internet apresenta duas peculiaridades que, freqüentemente, espantam as pessoas: não possui dono e não é administrada por nenhum orgão central. No entanto, a Internet Society, sediada na Virginia (EUA), tem gradativamente assumido responsabilidades no direcionamento estratégico da Internet no mundo.
A pergunta "O que tem na Internet?" é bastante comum e também muito difícil de responder. A cada cinco minutos, ou menos, aparecem coisas novas. Não é exagero afirmar que na Internet podemos encontrar informações sobre quase todos os ramos do conhecimento humano.
O embrião da Internet surgiu de uma rede experimental de computadores criada em 1969 pela ARPA (Advanced Research Projects Agency) do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Os militares norte-americanos desejavam que fosse criada uma rede descentralizada de computadores que tivesse a capacidade de sobreviver a um ataque nuclear.
O experimento logo apresentou sucesso. Durante os anos setenta, diversos institutos de pesquisas e universidades aderiraam rapidamente à rede que estava sendo criada, pois era um meio extremamente eficiente e barato para disseminar resultados de pesquisas, publicar trabalhos em desenvolvimento e possibilitar discussões e troca de experiências sobre temas acadêmicos.
Em 1980, essa rede experimental foi divida em duas: a ARPANet (para pesquisa civil com fins militares) e a Milnet (com exclusivamente militares). A interligação dessas redes foi chamada de Defense Advanced Research Projects Agency Internetwork, nome que foi abreviado, posteriormente, para Internet.
Eventos Importantes na História da Internet
A entrada do Brasil na Internet data de 1988 quando, por iniciativa da comunidade acadêmica de São Paulo (FAPESP - Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo) e do Rio de Janeiro (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - e LNCC - Laboratório Nacional de Computação Científica), foram realizadas as ligações dos primeiros computadores de universidades e centros de pesquisas brasileiros aos Estados Unidos. Com o crescimento da demanda acadêmica nacional por conectividade à Internet, em 1990, foi, criada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), com o objetivo de estruturar e manter uma "espinha dorsal" nacional que integrasse os esforços estaduais na área de redes, viabilizando a chegada dos serviços ao interior do país (capilaridade) com qualidade e eficiência.
Até abril de 1995, o acesso a Internet no Brasil era restrito às instituições de ensino e pesquisa. No entanto, a partir de maio de 1995, surge a oportunidade para que os usuários que não pertencem a instituições acadêmicas também obtenham acesso à Internet e que a iniciativa privada venha a oferecer este tipo de serviço através dos denominados provedores privados de acesso à Internet. Esta mudança de rumos se deve ao fato de que a liderança nas taxas de crescimento da Internet se deslocou do segmento acadêmico para o segmento comercial.
A conexão de computadores à Internet é feita através dos chamados provedores de acesso. Os provedores oferecem, em geral, várias modalidades de ligações, visando atender aos diferentes tipos de usuários (pessoas físicas, pessoas jurídicas de pequeno e grande porte, etc.). Existem dois tipos básicos de acesso: o acesso discado e o acesso dedicado.
O modo mais simples de estabelecer uma ligação entre o seu computador e um provedor de acesso é através de uma ligação telefônica comum. Neste tipo de ligação, a conexão com a Internet só existe durante o tempo em que a chamada telefônica ao provedor de acesso estiver ativa. Em geral, esse tipo de acesso é adequado para pessoas físicas (sendo, normalmente, chamado de "acesso de casa") e, ainda, para pequenas empresas.
1. UUCP (Unix-to-Unix Copy Program)
Este tipo de acesso discado é destinado aos usuários ocasionais que apenas desejam ter acesso a correio eletrônico (envio e recebimento de mensagens) e participar dos grupos de interesse e discussão, os newsgroups.
2. Emulação de Terminal (Shell Account)
Neste tipo de conexão, o usuário tem acesso ao computador do provedor de acesso por meio de uma conta que é caracterizada por seu nome (username) e por uma senha de acesso (password) que só o usuário tem conhecimento. Este tipo de acesso, usualmente, está associado ao uso de interfaces não gráficas. O usuário poderá utilizar todos os serviços que o provedor colocar disponível. No entanto, aplicações gráficas, como o Mosaic e o Nescape, não poderão ser utilizadas. Normalmente, todos os arquivos do usuário encontram-se armazenados no computador do provedor, mas podem ser transferidos para o computador do usuário através de programas apropriados.
3. IP Discado ou Acesso SLIP/PPP
Neste tipo de conexão, o computador do usuário se torna um nó Internet, com o seu próprio endereço IP e também, muitas vezes, com nome de domínio próprio. Esta modalidade permite que o computador do usuário tenha acesso a toda a gama de serviços Internet, inclusive com a possibilidade de uso de aplicações gráficas. Todos os programas para acesso aos serviços oferecidos pela Internet localizam-se no próprio computador do usuário.
Os protocolos de comunicação utilizados para este tipo de conexão são o SLIP (Serial Line Internet Protocol) e o PPP (Point-to-Point Protocol). Estes dois protocolos definem um conjunto de regras que permitem que o seu computador possa comunicar-se com o computador do provedor (e com toda a rede) através do modem e da linha telefônica.
Acesso Dedicado ou IP Dedicado
Se a freqüência e o tempo de duração do seu acesso a Internet são (ou tendem a se tornar) altos, é provável que cedo ou tarde você tenha de recorrer a uma conexão dedicada. Tecnicamente, isto significa que você tem, como passo inicial, de contratar uma Linha Privativa de Comunicação de Dados (LPCD) de sua casa/empresa até o seu provedor de acesso. A contratação da LPCD é feita junto as empresas públicas de telecomunicações (CRT, TELESP, TELERJ, TELESC, etc.). As velocidades mais comuns deste tipo de linha são 19200 bps e 64 Kbps. No entanto, podem ser maiores.
Os recursos da Internet permitem localizar e recuperar informações de de forma fácil e eficiente, ou seja, são estes recursos que possibilitam ao usuário "navegar" pela rede.
O correio eletrônico, o Telnet e o FTP formam o conjunto básico de serviços da Internet. No entanto, a utilização desses serviços pressupõe que o usuário conheça previamente a localização da informação.
Na medida que o volume de informações disponíveis na rede foi crescendo, foram desenvolvidas ferramentas (Archie, Gopher, Netfind, WAIS, WWW, etc.) que facilitaram a localização e o acesso a estes dados.
As ferramentas da Internet são sistemas que utilizam a filosofia cliente/servidor, ou seja, existem módulos que executam os pedidos de informação (módulo cliente) e módulos que fornecem respostas aos pedidos de informação (módulo servidor). Portanto, a utilização das diversas ferramentas disponíveis pressupõem que o módulo cliente necessário esteja instalado no equipamento do usuário. Um bom número dos módulos clientes são de domínio público, isto é, podem ser localizados e recuperados na própria Internet sem custo algum para o usuário.
É o serviço básico de comunicação em redes de computadores. Também conhecido como e-mail, ou simplesmente mail, o correio eletrônico permite que os usuários da rede troquem mensagens via computador, utilizando um endereço eletrônico como referência para a localização do destinatário da mensagem.
O endereço eletrônico de um usuário na Internet contém todas as informações necessárias para que a mensagem chegue ao seu destino. Ele é composto de uma parte relacionada ao destinatário da mensagem (o quem vem antes do caracter @) de uma parte relacionada com a localização do destinatário (o quem vem após o caracter @). Vejamos um exemplo:
As listas de discussão são comumente usadas como meio de comunicaçào entre pessoas interssadas em discutir temas específicos através do correio eletrônico. Existem milhares de listas de discussão abordando os mais variados assuntos.
As listas são implantadas através de programas conhecidos como servidores ou processadores de listas (listserver). O processo de funcionamento é o seguinte: o listserver mantém uma lista de endereços eletrônicos de todos oso usuários que estão inscritos em uma lista de discussão. Quando uma mensagem é enviada para o endereço de uma lista, o processador automaticamente redistribui essa mensagem a todos os participantes da lista.
As listas podem ser abertas ou fechadas quanto a participação de novos membros. Quando abertas, a inscrição de um novo membro é feita através de uma mensagem contendo o pedido de subscrição enviada pelo usuário para o listserver que gerencia a lista.
O News, também chamado USENET News ou NetNews, é um serviço de difusão e intercâmbio de mensagens trocadas entre os usários da internet sobre assuntos específicos. Este recurso provê um serviço semelhante ao das listas de discussão, porém com maior abrangência e facilidade de participação. O News está entre os recursos mais populares da Internet.
Ao contrário das listas de discussão, em que as mensagens são enviadas para cada membro da lista, as mensagens de News são enviadas para um determinado computador da rede e de lá reenviadas, em bloco, para todos os computadores que aceitam este serviço. As mensagens podem então ser lidas por qualquer usuário desses computadores, sem necessidade de subscrever o serviço, bastando ter acesso a um programa específico para leitura de News.
As mensagens são classificadas em categorias denominadas newsgroups que, por sua vez, são organizadas em grandes grupos hierárquicos. Os "grandes grupos" mais conhecidos são:
É o serviço que permite ao usuário conectar-se a um outro computador que esteja ligado na rede. Uma vez realizada a conexão, o usuário pode executar comandos e usar recursos do computador acessado como se o seu computador fosse um terminal daquela máquina que está distante. Ao contrário do serviço de correio eletrônico, o Telnet permite ao usuário estabelecer uma cominicação direta e em "tempo real" com o computador acessado.
O Telnet é, normalmente, o serviço utilizado para acessar base de dados (públicas e comerciais) e serviços de informação. Eventualmente, o acesso a determinadas informações de caráter restrito ou comercial pode ser negado a um usuário deste serviço que não atenda aos requisitos determinados pelo detentor da informação, ou seja, muitas vezes são necessárias senhas para ter acesso as informações desejadas. Para obter estas senhas é preciso entrar em contado com os administradores destas base de dados. Exemplos de informações que podem ser acessadas: catálogos de bibliotecas, informações econômicas, base de dados médicas, etc.
É o serviço básico de transferência de arquivos na rede. Usando o FTP, o usuário pode transferir arquivos do seu computador para um outro computador (upload), ou transferir arquivos de um outro computador para o seu computador (download). Para tanto, o usuário deve ter permissão de acesso ao computador remoto.
Um serviço especial de FTP, conhecido como FTP anônimo (anonymous FTP), permite que um usuário "pegue" arquivos no computador em que o serviço está disponível, sem a necessidade de obter permissão de acesso, identificando-se como um usuário anonymous.
O FTP é, geralmente, usado para a transferência de arquivos contendo programas (software) e documentos. Não há, contudo, qualquer limitação quanto ao tipo de informação que pode ser transferida. Vale ressaltar que esse serviço pressupõe que o usuário conheça a localização do arquivo desejado na rede, ou seja, o endereço do computador que o contém, o diretório onde ele está localizado e, por fim, o nome do próprio arquivo. Quando a localização não é conhecida, o usário pode usar o Archie para determinar a localização exata do arquivo.
Uma vez transferido o arquivo, cabe ao usuário achar a maneira apropriada para ter acesso ao seu conteúdo. Normalmente, os arquivos transferidos estão comprimidos e necessitam do software adequado para descompressão. Imagens, textos e sons são armazenados de diversas formas, requerendo, muitas vezes, o uso de programas específicos.
6.1. Talk
É um modo de comunicacão interativa que possibilita o "diálogo", em tempo real, entre dois usuários da rede, independentemente da localização geográfica destes. Normalmente, quando alguém tenta contatar-nos via Talk, uma mensagem aparece na tela nos avisando e fornecendo instruções sobre como proceder para responder. Quando a conexão é estabelecida, a tela do computador divide-se em duas partes onde cada dos usuários pode digitar simultaneamente.
6.2. IRC (Internet Relay Chat)
É o serviço que permite manter uma conversação simultânea entre dois ou mais usários da rede, independentemente de sua localização geográfica. As discussões através do IRC fazem o uso do conceito de canal trilha de conversação), podendo ser públicas ou privadas quanto à participação dos membros.
Os tópicos de discussão, assim como o idioma da conversação, são bastante variados. Os diversos servidores IRC existentes estão interconectados, e apresentam, continuamente, aos usuários do serviço os canais e recursos em utilização.
O Archie é um serviço de informações que facilita a busca e recuperação de arquivos distribuídos na rede e acessíveis via FTP anônimo. Para tanto, o Archie mantém um índice atualizado de nomes de arquivos e diretórios em repositórios de informação. O usuário pode assim efetuar buscas para recuperar as informações necessárias a fim de transferir os arquivos de seu intersse.
Para realizar uma busca via Archie, o usuário deve se digirir a um dos servidores Archie disponíveis na Internet (de preferência ao que se encontra mais próximo do usuário). O acesso a um dos servidores Archie pode ser feito de três formas: via programa cliente Archie, via Telnet e via correio eletrônico.
É uma ferramenta baseada em menus organizados de forma hierárquica que possibilita aos usuários buscar e recupear informações distribúidos nos diversos computadores da rede. Os diversos servidores Gopher se interligam, possibilitando ao usuário navegar por diversos diversos "lugares" no mundo.
A seleção da informação a ser recuperada é feita através de uma interface padrão na forma de menus estruturados, tal como uma "árvore" de diretórios, subdiretórios e aqruivos.
Através do Gopher é possível ter acesso a arquivos de disversos tipos (texto, dados, imagens, sons,programas) e também a outros serviços (Telnet, FTP, Archie, Netfind e WAIS).
Até o advento do Mosaic e a conseqüente explosão de servidores WWW, o Gopher era o sistema de disponibilização e busca de informações mais popular da Internet.
O VERONICA é um serviço que facilita a recuperação de documentos distribuídos na rede e acessíveis via Gopher. Quando o usuário realiza uma busca via VERONICA, ele, primeiramente, entra em contato com um servidor desse serviço e determina uma palavra chave. O Servidor VERONICA efetuará uma busca por esta palavra em todos os títulos de menus e nomes de arquivos dos servidores Gopher espalhados pela rede. Desta forma, em vez de o usuário efetuar uma busca individual baseada em menus dos servidores Gopher, ele obtém, em uma única operação, o resultado da sua pesquisa.
O resultado da pesquisa utilizando o VERONICA é o acesso direto aos itens de menu que contém a palavra chave indicada pelo usuário. Vale lembrar que o VERONICA opera somente em títulos e itens de menu, e não sobre o conteúdo dos documentos.
Da mesma forma que o Archie executa busca no conjunto de documentos acessíveis via FTP, o VERONICA funciona para o conjunto de documentos acessíveis via Gopher.
O WAIS é mais uma ferramenta para facilitar a localização de informações dentro da rede. Este serviço possibilita ao usuário acessar bases de dados na Internet e efetuar buscas por documentos através de palavras chave. Ao acessar o WAIS, o usuário tem acesso a um elenco de fontes de informação, as chamadas bibliotecas WAIS. Deve-se selecionar as bibliotecas de interesse e, em seguida, informar ao sistema um termo ou expressão para busca. O WAIS fará, então, uma pesquisa no texto dos documentos disponíveis nas fontes escolhidas e devolverá ao usuário uma lista de documentos onde localizou, com maior freqüência, a palavra determinada.
Os documentos recuperados via WAIS podem conter textos, figuras, sons e imagens.
Esta ferramenta permite verificar se outros usuários da rede estão usando os seus computadores no momento. É mais utilizada quando o computador interrogado é do tipo que aceita grande número de usuários. Muitos destes computadores não aceitam a consulta e nada informam. Já outros informam quem está conectado, quanto tempo cada usuário está conectado e, até mesmo, a localização do terminal.
Computadores pessoais também podem responder a consultas feitas com Finger, desde que o seu proprietário instale o programa apropriado.
É um serviço voltado para atendimento de consultas sobre pessoas e organizações presentes na rede. O Netfind é um programa que faz buscas em uma variedade de base de dados para descobrir endereços eletrônicos de usuários. Nem sempre o serviço é totalmente eficiente, pois o resultado depende das informações determinadas pelo usuário antes da busca.
A consulta pode ser feita em modo interativo, usando Telnet e pode também ser realizada através de ferramentas como Gopher e WWW.
É uma ferramenta voltada para o atendimento de consultas sobre pessoas e organizações presentes na rede. As informações, armazenadas em uma base de dados, são coletadas pelo Internet Registration Service e incluem endereço (postal e eletrônico) de pessoas e organizações usuárias da rede.
O World Wide Web, também chamdo de WWW, W3, ou ainda Web, é um sistema de busca e recuperação de documentos baseado no conceito de hipermídia.
Hipermídia extende o conceito de hipertexto, pois une este a diversos outros tipos de informações, tais como: animação, áudio e gráficos.
Um sistema de hipertexto cria conexões entre textos, o que lhe permite encontrar facilmente informações relacionadas. As informações estão organizadas em relação a outras informações. Você pode "se movimentar" de um documento para outro através de links (vínculos) de palavras. Cada palavra marcada, destacada, ou assinalada, possui um vínculo com outro documento. Desta forma, o processo de leitura torna-se não linear e dúvidas podem ser resolvidas no instante em que aparecem, sem a necessidade de procurar referências. Enfim, conforme a leitura das informações vai sendo feita, você mergulha nas informações relacionadas. O hipertexto é familiar para quem já usou o help do Windows®. Quando damos duplo "clique" sobre uma palavra ou frase destacada (normalmente, sublinhada e em outra cor), uma outra tela nos é exibida. No WWW os links possibilitam ao usuário seguir idéias e temas de um documento para outro, independente de estarem armazenados em um mesmo computador ou espalhadas em diversos computadores da rede.
A assosciação entre um termo e um documento depende do interesse do autor e pode ter objetivos diversos, tais como: explicar ou detalhar um conceito, definir um termo, ilustrar um fato, expandir um sigla, apresentar uma informação correlata.
Assim como o Gopher, os servidores WWW interligam-se, possibilitando ao usuário a "navegar" entre as diversas informações disponíveis na rede. Torna-se assim irrelevante para o usuário a localização física das informações recuperados.
Cabe lembrar que através do WWW é possível não somente o acesso a documentos contento textos, imagens e sons, mas também o acesso aos demais serviços da rede: Archie, Finger, FTP, Gopher, Telnet, USENET News, VERONICA, WAIS e Whois.
A variedade de formas com que os diversos lugares são denominados na Internet pode surpreender um usuário iniciante. No entanto, por trás dessa aparente loucura, existe uma lógica bastante simples. A forma geral dos endereços dos computadores na rede é: usuário@nome_do_computador. A parte "usuário" é, em geral, o nome que identifica a pessoa para o sistema que ele está associado.
O "nome_do_computador" indica o local e o domínio da Internet a que o usuário pertence, na forma usuário@local.domínio. O "local" informa o nome ou a localização do sistema. Já o "domínio" pode ser: o código do país ("domínio geográfico"), com dois caracteres definidos pela ISO, e/ou um código descritivo do tipo de instituição ("domínio organizacional"), que inclui as seguintes categorias: .com, .edu, .gov, .mil, .net, .org, explicadas mais adiante. Normalmente, a maioria dos endereços dos EUA só apresenta os chamados "domínios organizacionais", embora também exista o "domínio geográfico" .us. Vejamos o significado dos "domínios organizacionais":
.com:
empresas comerciais .edu:
instituições educacionais (escolas e universidades) .gov:
orgãos e departamentos do governo .mil:
instalações militares .net:
companhias ou organizações que administram grandes redes .org:
organizações sem fins lucrativos e outras que não se enquadram em nenhum dos
outros casos, como as ONGs Alguns "domínios geográficos":
AG - Antígua e Barbuda FR - França NI - Nicarágua AM - Armênia GR - Grécia NL - Holanda AR - Argentina GU - Guam NO - Noruega AQ - Antártica HK - Hong Kong NZ - Nova Zelândia AT - Áustria HN - Honduras PA - Panamá AU - Austrália HR - Croácia PE - Peru BB - Barabados HU - Hungria PH - Filipinas BE - Bélgica ID - Indonésia PL - Polônia BG - Bulgária IE - Irlanda PT - Portugal BM - Bermuda IL - Israel PR - Porto Rico BR - Brasil IN - Índia RO - Romênia BY - Belarus IR - Iran RU - Federação Russa CA - Canadá IS - Islândia SE - Suécia CH - Suíça IT - Itália SG - Singapura CL - Chile JM - Jamaica SI - Eslovênia CN - China JP - Japão SK - Eslováquia CO - Colômbia KR - Coréia do Sul TH - Tailândia CR - Costa Rica KW - Kuwait TN - Tunísia CY - Chipre KZ - Casaquistão TR - Turquia CZ - República Tcheca LI - Liechtenstein TW - Taiwan DE - Alemanha LK - Sri Lanka UA - Ucrânia DK - Dinamarca LT - Lituânia UK - Reino Unido DO - República Dominicana LU - Luxemburgo US - Estados Unidos DZ - Argelia LV - Letônia UY - Uruguai EC - Equador MC - Mônacoa UZ - Uzbequistão EE - Estônia MD - Moldova VE - Venezuela EG - Egito MK - Macedônia VI - Ilhas Vírgens ES - Espanha MO - Macau ZA - África do Sul FI - Finlândia MX - México ZM - Zâmbia FJ - Fiji MY - Malaísa ZW - Zimbabue FO - Ilhas Faroe MZ - Moçambique
- um microcomputador
- uma linha telefônica
- um modem
- ser cliente de algum provedor de acesso a Internet
- um cojunto de programas para estabelecer a conexão com o provedor (dialler), enviar e receber mensagens (acesso ao correio eletrônico) e navegar no serviço WWW (browser)
132.151.1.15 185