PADRÕES AMERICANOS PARA TELEFÔNICA CELULAR

A FCC - Federal Communications Commission reservou 50 MHz na banda de 800 MHz para telefonia celular, dividido em duas bandas, " A " e " B ". Esse esquema pretende garantir a existência de dois competidores em cada região. Por sua vez, essas bandas são divididas em dois blocos de rádio-freqüência: um para transmissão e outro para recepção, conforme abaixo, em MHz.

                    Transmissão           Recepção
    Banda A    824-835 e 845-846.5    869-880 e 890-891.5
    Banda B    835-845 e 846.5-849    880-890 e 891.5-894

O mais antigo e mais difundido sistema celular analógico nos EUA é o AMPS - Advanced Mobile Phone System, desenvolvido pelos Laboratórios da Bell. O AMPS usa canais de voz de 3 kHz modulados em portadoras FM de 30 kHz. Esse sistema também pode ser utilizado para transmissão de dados, mas com performance geralmente descrita como marginal, sendo muito menor do que em canais discados convencionais, normalmente limita a 10 kbps. Se existirem sombras de rádio no percurso, causadas por grandes edifícios ou elevações, a performance pode cair até 1 kbps. Cada estação rádio-base é conectada ao MTSO - Mobile Telephone Switching Office local. MTSOs estão interligados entre si e a rede telefônica convencional. Quando um assinante móvel move-se de uma célula para outra, o controle fica a cargo do MTSO.

Durante a próxima década, o sistema AMPS será substituído por um sistema totalmente digital, denominado USDC - US Digital Cellular Technology. A maior motivação para adotar o USDC é aumentar a capacidade de transmissão do sistema. Como essa migração implica em custos elevados, ela será gradual, com os assinantes americanos utilizando uma infraestrura híbrida analógica digital, conhecida como D-AMPS. Com essa tecnologia, voz e dados podem ser transmitidos a taxa de 8 kbps.

CDPD - Cellular Digital Packet Data é uma técnica, especificada em 1993, que usa a estrutura AMPS com o objetivo de aumentar a performance na transmissão de dados, através da identificação de tempos ociosos nos canais AMPS e transmissão, durante esses tempos, de pacotes de dados digitalizados. Em média, um canal AMPS possui de 20% a 40% de tempo ocioso. A prioridade continua a ser na transmissão de voz. Sua arquitetura consiste de M-ES (Mobile End Station), com as quais os assinantes se comunicam viam modems com modulação GMSK (Gaussian Minimum Shift-Keyed, a 19.2 kbps) que são ligadas a uma MDBS (Mobile Data Base Stations) através de um link de rádio-freqüência, utilizando protocolo DSMA/CD (Digital-Sense Multiple Access with Collision Detection), similar ao CDMA/CD usado em redes Ethernet. A MDBS gerencia os recursos de rádio das M-ES. Elas são interligadas, via fios, aos MDIS (Mobile Data Intermediate Systems) que são responsáveis pelo registro, autenticação, faturamento, encriptação de dados e roteamento para a rede telefônica convencional. CDPD segmenta dados em blocos de 63 símbolos de 6 bits, 47 para campo da informação e 16 para paridade, utilizando o código de Reed-Solomon. Essa codificação pode corrigir até oito símbolos errados, com probabilidade muito baixa de não detectar erro.