Fibras Óticas em Cabos Submarinos

Este trabalho refere-se à disciplina CMPP39 - Teleprocessamento. A seguir é apresentado um texto sobre a importância das Fibras Óticas em Cabos Submarinos, bem como, distâncias total e entre repetidores e por fim alguns exemplos no Mundo.

A Importância das Fibras Óticas em Cabos Submarinos

Os sistemas de transmissão por cabos submarinos constituem uma outra classe de sistemas onde as fibras óticas cumprem atualmente um papel de fundamental importância. Os cabos submarinos convencionais, embora façam uso de cabos coaxiais de alta qualidade e grande diâmetro para minimizar a atenuação, estão limitados a um espaçamento máximo da ordem de 5 a 10 km. As fibras óticas, por outro lado, considerando-se apenas os sistemas de terceira geração (1300 nm), permitem atualmente espaçamento entre repetidores em torno de 60 km. Com a implantação dos sistemas de transmissão por fibras óticas de quarta geração (1550 nm) alcances sem repetidores superiores a 100 km serão perfeitamente realizáveis. Além disso, as fibras óticas oferecem facilidades operacionais (dimensões e peso menores) e uma maior capacidade de transmissão, contribuindo significativamente para atender à crescente demanda por circuitos internacionais de voz e de dados, a um custo mais baixo ainda que os enlaces via satélite.

Exemplos de Fibras Óticas em Cabos Submarinos no Mundo

Em 1988, entrou em operação o primeiro cabo ótico submarino transatlântico associado ao sistema TAT-8, elevando a capacidade de tráfego entre os EUA e a Europa para 20.000 circuitos de voz, sem considerar o uso de técnicas digitais de interpolação (TASI) ou compressão. Proposto formalmente em 1980, este cabo ótico submarino pioneiro interliga os EUA (Tuckerton, NJ) à Europa (Widemouth na Inglaterra e Penmarch na França) em uma distância superior a 7.500 Km. O sistema TAT-8 é composto por dois subsistemas de transmissão digital a 280 Mbps e o espaçamento médio entre repetidores é de aproximadamente 60 km, perfazendo um total de 125 repetidores. O cabo ótico submarino é composto de 3 pares de fibras monomodo (1 para para cada subsistema duplex e 1 par de reserva) operando na região 1300 nm.

Está sendo desenvolvido o sistema TAT-9, operando 1500 nm, com maior capacidade de transmissão e espaçamento entre repetidores. O sistema TAT-9 será composto por dois subsistemas a 560 Mbps, interligando, através de unidade de derivação e multiplexação, Manahawkim nos EUA e Pennant Point no Canadá a três localidades na Europa (Goonhilly na Inglaterra, Saint Hilaire de Riez na França e Conil na Espanha). No total serão 9.000 km de cabo ótico submarino com um espaçamento médio entre repetidores da ordem 100 a 120 km.

No Japão existem atualmente vários sistemas de cabos submarinos com fibras óticas interligando ilhas do arquipélago, desde sistemas sem repetidores operando nas diferentes hierarquias dos sistemas PCM (32, 6,3 e 1,5 Mbps com fibra índice gradual; 100 e 400 Mbps com fibra monomodo) até um cabo submarino tronco doméstico com repetidores. Os sistemas sem repetidores têm alcances variando de 33 a 48 km, segundo a taxa de transmissão, e operam a uma profundidade de até 1.500 metros. O cabo ótico submarino que compõe o sistema tronco doméstico opera comercialmente desde 1986, a 400 Mbps, com repetidores espaçados de 40 km, perfazendo um total de 1000 Km a uma profundidade de até 8.000 metros.

Na Inglaterra, desde 1987, opera um sistema com cabo ótico submarino, interconectando Dartmouth à ilha de Guernsey no Canal da Mancha, numa distância de 135 km sem repetidores.

Na França, um cabo ótico submarino interliga Marselha no continente a Ajaccio na Córsega, numa distância de 330 km com 9 repetidores.

Bibliografia:

GIOZZA, William F., CONFORTI, Evandro, WALDMAN, Hélio. Fibras Óticas - Tecnologia e Projeto de Sistemas. Makron Books - MacGraw-Hill. Rio de Janeiro. 734p.

MILLER, Stewart E., KAMINOW, Ivan P.. Optical Fiber Telecommunications II.Academic Press. Califónia. 1988. 995p.

YEH, chai. Handbook of Fiber Optics Theory and Applications. Academic Press, Inc. Califónia. 1990. 382p.


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