Notícias relativas à censura e Internet

  1. SENADO VOTA CONTRA JOGOS DE AZAR NA INTERNET

    Numa votacao ocorrida na Quinta-feira, o senado norte-americano decidiu com 90 votos contra dez acabar com jogos de azar pela Internet, estendendo dessa forma proibicoes federais ja' existentes contra jogos de azar inter-estaduais via telefone ou rede.  Aproximadamente 140 websites oferecem jogos de azar, e mais de US$ 600 milhoes foram arrecadados on-line, so' no ano passado, de acordo com o Departamento da Justica.  O Senador Jon Kyl (Arizona) diz que, sem a proibicao, os rendimentos podem subir para US$ 10 bilhoes nos proximos dois anos. "Se nao pusermos um fim nessa atividade agora, o dinheiro que esta' sendo obtido com esse tipo de atividade ilegal acabara' se tornando (...) tao influente em nosso processo politico que nunca mais conseguiremos dar um basta nisso.". A legislacao isentaria brincadeiras do tipo "times 'fantasia' de esportes", nos quais os participantes solicitariam a uma lista de atletas profissionais que montassem times "ideais", nos quais pode-se apostar. O pagamento das apostas e' baseado nas estatisticas dos jogadores.

    Los Angeles Times, 24/07/98


  2. SENADO DECRETA MEDIDAS PARA COMBATER PORNOGRAFIA

    O senado norte-americano decretou duas novas medidas para impedir que criancas sejam expostas 'a pornografia da Internet. Uma delas, declarada por John McCain (Arizona), requer a escolas e bibliotecas que recebem fundos federais para desconto no acesso 'a Internet, o uso de filtros de software para suprimir a pornografia; a outra medida, anunciada por Dan Coats (Indiana), consideraria crime (com multas de ate' US$50.000,00) aos operadores de sites comerciais da Web, distribuir pornografia a menores. Barry Steinhardt, da Eletronic Frontier Foundation, diz que "O decreto McCain, apesar de bem intencionado, e' baseado no falso pressuposto de que se pode criar filtros de software que trabalharao com precisao suficiente para bloquear material na Internet.".  Um numero razoavel de casos com importantes informacoes, como por exemplo, o cancer na mama, tem se tornado inacessivel por conter palavras (como "seio") que podem exprimir conotacao sexual.

    New York Times, 22/07/98