Estes modens só podem ser utilizados em distâncias curtas (poucos quilômetros) e em linhas de boa qualidade, sem pupinização e/ou dispositivos eletrônicos (também chamadas de linhas tipo B). Isto se deve ao fato de que a faixa de freqüência disponível nos meios de transmissão geralmente é limitada, fazendo com que o sinal sofra bastante distorção ao se propagar pelo meio.
A principal vantagem dos modens digitais é que, devido ao fato destes realizarem apenas a codificação do sinal, eles são mais simples a nível de circuitos e, portanto, possuem preços mais acessíveis que os modens analógicos.
Existem diversas técnicas de codificação do sinal digital, mas todas elas procuram gerar o sinal codificado com muitas transições com o objetivo de facilitar a recuperação do sincronismo no modem receptor. Estas técnicas procuram, ainda, concentrar o espectro de transmissão do sinal codificado dentro de uma faixa de frequência com a componente DC (corrente contínua) pequena.
Define-se alcance de um modem digital como sendo a distância máxima em que ele consegue funcionar mantendo a taxa de erro abaixo de um valor pré-determinado.
A Tabela 1 contém a relação entre o alcance e a velocidade do modem digital, enquanto a Tabela 2 mostra as principais características das linhas de bitolas mais comuns: a constante de equivalência (K), que depende da resistência de enlace (R) e da capacitância (C), conforme prática TELEBRÁS No. 225-540-713.
O comprimento equivalente (E) será:
E = K x L ; onde K = Extraído da tabela 2.
L = Comprimento da Linha
E = 5 x 0,621 + 8 x 0,451 + 5 x 1 = 11,713 Km
Isto significa que esta linha equivale a 11,713Km de linha com bitola 0,40mm, portanto, pode-se transmitir até 4800Kbps.
Embora a maioria dos fabricantes de modens digitais forneça tabelas de Alcance x Velocidade, na prática fica muito difícil utilizá-las, pois normalmente as concessionárias de telecomunicações não informam as características dos trechos das linhas para comunicação de dados.